Bruna

Apesar de sempre ter agido instintivamente como uma feminista, a Bruna só se encontrou com o feminismo na prática quando chegou à faculdade.

Ela se diz impulsiva. “Uma típica sagitariana”, e por isso, o controle social nunca foi maior do que a sua vontade de viver novas experiências.

Foi vivendo intensamente a faculdade que ela se deparou pela primeira vez com um coletivo feminista e a partir daí, passou a questionar pequenas situações do cotidiano que passavam despercebidas: “Por que o meu ‘não’ nem sempre é ‘não’”? “Por que preciso andar com um homem do lado para me sentir segura e respeitada na rua?”.

E se pelos corredores e eventos sociais da universidade ela teve a oportunidade de conhecer melhor o feminismo e suas ideias, na sala de aula não teve a mesma sorte.

A faculdade de jornalismo (assim como o jornalismo profissional) ainda considera o feminicídio como “apenas mais um crime”. Não existe nem nas aulas, nem nas pautas, um espaço para que se fale da violência contra a mulher e seu devido culpado: o machismo social.

Para a Bruna, a responsabilidade sobre essa banalização é tanto dos veículos quanto da própria sociedade, que estabelece no senso comum que um homicida de mulheres é “só mais um maluco”, e nessa máscara da loucura, o machismo sai ileso.

O caminho que a Bruna trilha no jornalismo hoje é o do entretenimento. Ela se encontrou na profissão e considera sua maior conquista o espaço que tem para se posicionar sobre diversos assuntos, inclusive sobre feminismo, tema que agora é frequente nos grupos de amigos e amigas da Bruna. E se não for, pode deixar que ela puxa o assunto.

Bruna é uma feminista que vai falar sobre feminismo, sim.