Carol

Aos 8 anos a Carol decidiu que não comeria mais carne. E nunca mais comeu. Em uma família “super carnívora”, nas palavras dela, sustentar uma decisão como essa foi o primeiro indício de que Carol veio ao mundo para contrariar o estabelecido e bancar suas convicções.

Completou o primeiro grau em um colégio mais inclinado para as ciências humanas e escolheu fazer faculdade de física. Ouviu da família que criança que não come carne não cresce inteligente, e foi a primeira da família a ter um doutorado. Trabalha com fabricação de cosméticos naturais, mas deseja um mundo em que mulheres precisem cada vez menos deles. A Carol não tem medo de bater o pé para defender o que acredita.

Dentro da militância pela sustentabilidade, a Carol se incomoda com o ativismo que se volta para o ego. Para ela, ninguém deve usar a sua mudança pessoal de hábitos para ser admirado. Até porque, ela entende que apenas isso não muda absolutamente nada. “Estou há 35 anos sem comer carne e nada mudou na indústria da carne.” A Carol tem uma visão mais ampla, mais estrutural do verdadeiro problema que nos aflige individualmente: grandes indústrias e avanço desenfreado do capitalismo.

Na resposta sobre o que significa ser uma mulher poderosa, a Carol, sem perceber, descreve a si mesma: “mulheres que mantém suas convicções independente de qualquer coisa”.

Carol é uma feminista que mantém suas convicções.