

Gabriella
Ela carrega o nome de uma das maiores musas da literatura brasileira e um jeito doce de levar a vida que certamente conquistaria as páginas de Jorge Amado.
Gabriella cresceu rodeada de exemplos femininos fortes. Talvez isso tenha contribuído para que ela entendesse que ser mulher é ter em si uma fortaleza imensa.
Com o tempo, essa visão se tornou um peso, e a Gabi, exigente que é consigo mesma, sentiu que estava difícil carregar tudo sozinha.
A partir de 2015, com a primavera feminista, ela descobriu que não estava só.
A união de mulheres contra o machismo trouxe um alívio e também uma fagulha. O início de um incêndio de conversas, quebras de paradigmas e todo um novo futuro pela frente acendeu os horizontes.
Para a Gabi, nós, mulheres, conectamos um fio que atravessa cada uma de nós, numa rede de proteção e vigia. Um elo que não vai se quebrar tão cedo.
Descobrimos um poder adormecido.
Nessa troca de ideias, a Gabi estabeleceu novos laços e reafirmou os que já existiam. Entrou num processo de experimentar na vida o que sempre teve na arte: ir de encontro tanto com suas potencialidades, quanto com as fragilidades. Sem medo de errar.
E foi aí que ela percebeu que ser mulher é ser plural.
Não é apenas ser forte, mas também frágil. Ser agitada e calma, responsável e impulsiva. Tudo ao mesmo tempo e em proporções variadas.
A pluralidade feminina ajudou a Gabi a conquistar a tolerância que hoje ela usa para ser ainda mais plural. Na arte e na vida.
Gabriella é uma feminista digna de um grande clássico literário.