Julia

Em 2014, a Julia foi à Índia pela primeira vez. E essa passagem pelo segundo país mais populoso do mundo foi uma verdadeira revolução para ela.
Formada em Cinema, a Julia já tinha passado pelos cursos de Letras e História sem se identificar com nenhum deles. A carreira em cinema também não gerou muita identificação e, depois de 5 anos trabalhando com audiovisual, ela sentiu que era a hora de tentar uma grande mudança.

Foi na Índia que ela teve seu primeiro encontro com a yoga e com uma maneira totalmente diferente de ver a vida e experienciar o tempo.
Não se trata de uma visão romantizada. A Julia também sofreu muito com o choque cultural e com o fato de estar em um país com os mais altos índices de estupro no mundo. Ela teve medo e chorou muitas vezes.

Mas também foi nesse ambiente tão diferente e contraditório que a Julia teve um encontro consigo mesma, com uma essência que não estava em nenhuma das faculdades por onde havia passado e nem na profissão que exercia até então. “Finalmente! Essa sou eu!”, ela conta.

Nas palavras dela, a Índia abriu um portal de amor e de consciência dos próprios privilégios muito grande, e através dele, a Julia pôde acessar um poder infinito dentro dela mesma. Parece coisa mística, e talvez também o seja (por que não?), mas ela também fala de algo muito palpável: a experiência de estar sozinha, do outro lado do mundo, imersa em uma cultura muito antiga e muito diferente, percebendo que ela tem o poder de ir para onde quiser.

E depois de algumas idas e vindas pelo oriente, a Julia voltou ao Brasil para exercer o que ela considera hoje o seu propósito de vida: é professora de yoga e trabalha para promover eventos de ensinamento do tantra e da meditação.

Julia é feminista e multiplicadora de um dos saberes mais antigos da humanidade.