Luiza

Aos 6 anos, a Luiza não gostava de ser acordada nas manhãs de domingo pelo avô para ir à missa. “Se meus pais não vão à missa, por que eu tenho que ir?”, ela questionava. Ao que o avô respondia: “porque eu tenho fé”.

Em um desses domingos, ela tentou enxergar essa tal de fé. Sentou-se de costas para o padre e ficou observando as pessoas dentro da igreja. Intuitivamente, a Luiza sabia que a fé não estaria no padre ou nas imagens, estava mesmo é nas pessoas.

Muitos anos se passaram até que a Luiza se tornasse budista e participasse da Sokka Gakkai, uma associação onde uma série de conceitos que hoje fazem parte da sua vida pessoal e profissional se apresentaram para ela pela primeira vez: sustentabilidade, direitos humanos e até o feminismo, uma palavra que a Luiza rejeitava.

Foi aí que ela entendeu que poderia fazer o elo entre a profissão de apresentadora de TV e um propósito adormecido lá dentro de si. E esse elo atende pelo nome de Causa Justa, o programa de entrevistas em que a Luiza e outras duas apresentadoras conversam com mulheres que estão à frente de iniciativas inovadoras para transformar a sociedade e o nosso planeta.

A fé que a Luiza buscava nas pessoas da igreja do seu avô, hoje se manifesta em todas as causas que ela considera justas e que ela dá voz através da profissão que escolheu.

Luiza é uma feminista que tem fé nas pessoas.