Daniela

Inspirada por “As Brumas de Avalon”, a Daniela tem tatuadas na pele as fases da lua. Diferente do quarto crescente das personagens do livro, ela escolheu ter todas as fases. Até nisso, ela optou por ser inteira.

A Daniela acredita que quando o ser humano rejeita o feminino, ele está rejeitando parte de si mesmo. E isso inclui homens, mulheres, todos. A força feminina está em tudo e negá-la só nos deixa mais distantes de uma evolução real enquanto espécie.

Mas a Daniela nem sempre pensou assim. Sua visão sobre o feminismo mudou radicalmente nos últimos anos, e a internet contribuiu muito para essa mudança.

Foi na própria internet que ela expôs sua doença pela primeira vez para muitas pessoas ao mesmo tempo.

A Daniela tem depressão. Sua primeira crise forte aconteceu aos 15 anos.

É uma doença paralisante, solitária e ainda é um tabu para muita gente. A Dani foi aprendendo tudo isso aos poucos. Durante as crises, não é possível enxergar nada além da doença e do mal-estar.

Mas atravessar cada uma delas tem um efeito mágico.

Uma vez iniciado o tratamento, ela descobriu um novo mundo. Percebeu que era possível viver feliz e sem um desconforto constante.

A Daniela entende que felicidade não é – e nem deveria ser – um sentimento constante. “Não se pode ser feliz o tempo todo, mas se pode ter paz o tempo todo”.

E é nos pequenos momentos cotidianos, especialmente com o filho Luiz, que a Dani encontra a sua maior conquista: a gratidão. Ela é capaz de perceber a beleza da própria vida e se sente grata por isso. Quantas pessoas podem dizer o mesmo?

Daniela é uma feminista que busca paz.